Os nomes que dei às mãos
desenham-se tão perto de mim
que compreendo o desejo sem fantasmas.
Nos dedos principiam as marés
e neles se misturam o reflexo e a máscara
de regressos e errâncias por equacionar.
Os olhos não se fixam na geografia
visível das linhas. Os corpos deixam
de ser um cais. O mar estremece
nos ossos como um sismo.
O primeiro sinal de naufrágio
percebe-se na palma da mão
mesmo quando os barcos
passam ao largo do nosso desalento.
Rente à solidão.
Na trajectória do vazio
onde inventamos os sons.
7 Comments:
At 1:27 da manhã, Dois Rios said…
E é no primeiro sinal de naufrágio que o vazio nos emudece e dele emanam gritos silenciosos de dor.
Beijo,
At 12:59 da tarde, Graça Pires said…
Obrigada. Um beijo.
At 7:29 da tarde, JPD said…
Olá maria
Belíssima escolha.
Um bj para ti
Um bj para a Graça também.
At 11:47 da tarde, Victor Oliveira Mateus said…
Que bom encontrar aqui a poesia da Graça!
Abraço.
At 10:29 da manhã, Teste Sniqper said…
Pedindo antecipadas desculpas pela “invasão” e alguma usurpação de espaço, gostaríamos de deixar o convite para uma visita a este Espaço que irá agitar as águas da Passividade Portuguesa...
At 4:52 da tarde, Maria Laura said…
Uma óptima escolha, Maria. Rente à solidão.
At 8:36 da tarde, Manuel Veiga said…
um prazer ler a poesia da Graça. sempre.
aqui motivos redobrados.
beijos para as duas.
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