NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer
— Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a Hora!
Fernando Pessoa
"Mensagem"
5 Comments:
At 11:28 da manhã, lique said…
É a hora, de facto! De mostrarmos o que queremos e o que não queremos. De fazermos nosso este país. Beijinhos
At 3:14 da tarde, Nilson Barcelli said…
Bela escolha.
E, neste fim-de-semana, é a Hora de mudar e de correr de vez com alguém (pelo menos para mim).
Beijinhos e bfs.
At 10:33 da tarde, wind said…
Nda amais actual para o dia 20.) bjs
At 6:27 da tarde, Nilson Barcelli said…
E foi a hora, de facto, tal como disse no meu primeiro comentário.
Quase que não podia ser maior...
Beijinhos e boa semana.
At 10:57 da tarde, JPD said…
Olá maria!
Nem fazes ideia como vem a propósito este poema do livro editado por Jose Gil «PORTUGAL HOJE -- MEDO DE EXISTIR!»
um grande beijinho!
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