Um dia, gastos, voltaremos
A viver livres como os animais
E mesmo tão cansados floriremos
Irmãos vivos do mar e dos pinhais.
O vento levará os mil cansaços
Dos gestos agitados irreais
E há-de voltar aos nossos membros lassos
A leve rapidez dos animais.
Só então poderemos caminhar
Através do mistério que se embala
No verde dos pinhais na voz do mar
E em nós germinará a sua fala.
Sophia de Mello Breyner Andresen
9 Comments:
At 12:32 da manhã,
Sonia Schmorantz said…
Dizem que a vida é cíclica, gira e gira, e muita coisa volta. Teríamos esta sorte de voltar para a natureza, com o cheiro da pinha e do mar? Belo texto!
lindo final de semana
beijo
At 9:01 da tarde,
Manuel Veiga said…
a tua sensibilidade e a beleza do poema de Sofia. grato momento...
beijo
At 4:35 da tarde,
Georgio Rios said…
Um lindo texto.A poesia verte dentro das linhas bem escritas!!!
At 12:05 da tarde,
Graça Pires said…
obrigada por este momento com Sophia.
Um beijo.
At 10:34 da tarde,
lolposter said…
Belo texto. Muito bom.
At 11:36 da manhã,
Graça Pires said…
Um BOM Natal e um Ano Novo MELHOR.
Beijos.
At 9:09 da tarde,
Manuel Veiga said…
votos de felliz Natal.
e excelente Ano Novo
beijo
At 4:47 da tarde,
Graça Pires said…
Um dia virei aqui encontrar outro poema?
Um beijo.
At 9:55 da tarde,
Manuel Veiga said…
deixo um cravo vermelho...
... e um beijo!
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