comorosasdeareia

palavras...como "rosas de areia" ou "flores do deserto"...

quarta-feira, setembro 07, 2005

Porque a terra tem sede, a chuva não chega, e isso dói…
Porque o meu país se transforma em cinza, e isso dói…
Porque continuam a morrer crianças vítimas de tantas fomes, e isso dói…
Porque nem o sol quando nasce é para todos, e isso dói…
Porque o desânimo baixa os braços da gente e a tristeza os olhos, e isso dói…
Porque o mal se banaliza, a indiferença se constrói, e isso dói…
Porque tudo muda mas nada como devia
(nem o ser, nem a vontade, nem a confiança), e isso dói…
Porque hoje me apetece o que há dentro de mim e me pertence
(os anjos que me guardam, os demónios que venço)…
Porque hoje me apetece olhar-me por dentro…
Hoje, apetece-me...
O SOM DO SILÊNCIO

sil.jpg

Hello darkness, my old friend,
I've come to talk with you again,
Because a vision softly creeping,
Left its seeds while I was sleeping,
And the vision that was planted in my brain
Still remains
Within the sound of silence.
In restless dreams I walked alone
Narrow streets of cobblestone,
'Neath the halo of a street lamp,
I turned my collar to the cold and damp
When my eyes were stabbed by the flash of a neon light
That split the night
And touched the sound of silence.
And in the naked light I saw
Ten thousand people, maybe more.
People talking without speaking,
People hearing without listening,
People writing songs that voices never share
And no one dare
Disturb the sound of silence.
"Fools" said I, "You do not know
Silence like a cancer grows.
Hear my words that I might teach you,
Take my arms that I might reach you."
But my words like silent raindrops fell,
And echoed
In the wells of silence
And the people bowed and prayed
To the neon god they made.
And the sign flashed out its warning,
In the words that it was forming.
And the sign said, "The words of the prophets
are written on the subway walls
And tenement halls."
And whisper'd in the sounds of silence.
- Paul Simon
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7 Comments:

  • At 6:28 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

     
  • At 7:24 da tarde, Blogger wind said…

    Grande post! As injustiças do mundo são muitas. Esta música é linda:) beijos:)**

     
  • At 9:55 da tarde, Blogger JPD said…

    Olá!
    Belo post. Voltaste em forma. Excelente.
    Bjs

     
  • At 4:50 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Eu sei do que falas.
    Pergunto-me muitas vezes como podemos dormir tranquilos apesar de pouco fazermos para alterar mudar este estado de coisas.
    Adorei a "ilustração, Maria.
    Paul Simon e Art Grafankel são dois dos meus músicos preferidos.
    Beijinhos amiga

     
  • At 4:53 da tarde, Anonymous Anónimo said…

    Garfunkel (Correcção)

     
  • At 11:31 da tarde, Blogger M.P. said…

    A canção cuja letra juntas ao Poema que é este teu "post" é uma MARAVILHA! Também o Poema! ... E.. MUITO OBRIGADA pelos comentários com contéudo tão bonito lá pelos meus sítios! Bom fim de semana, Maria!

     
  • At 11:04 da tarde, Blogger ocsav said…

    o mundo vive muitas injustiças, mas é no dia destinado que temos que lutar pelas pessoas que julgamos mais capazes de o transformar; e todos os dias a ter as atitudes correctas [nem que seja só a fechar a água quando estamos a esfregar as mãos com o sabonete_

     

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