MARGINALIDADE
Subversivamente
o instinto me descomanda.
E a magia inconsciente
do meu corpo
é um jogo clandestino
de gestos sem eco.
Há um ritual divino
nas carícias sensuais
em que me invento.
Nada me torna inocente
dos meus próprios sentidos
quando solto
as linhas marginais
do pensamento
e me seduzo
com gostos proibidos.
Sempre são excessivos os desejos de quem sonha
a vida toda num momento.
A solidão é como o vento.
É nos olhos dos mendigos
que a noite se prolonga por mais tempo.
Graça Pires
3 Comments:
At 6:33 da tarde, Graça Pires said…
Obrigada por divulgares. Um beijo.
At 7:12 da tarde, Manuel Veiga said…
o poema mto belo. gosto muito das "linhas marginais do pensamento"...
são de grande qualidade os poemas da Graça.
beijos.
At 11:23 da manhã, Nilson Barcelli said…
Um soberbo poema.
Não sei quem é a Graça Pires, mas este poema revela uma poesia madura.
Obrigado pela partilha.
Bfs, beijinhos.
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