Há muitos, muitos anos atrás, os sentimentos viviam longe dos homens, num grande e lindo jardim, onde brincavam o tempo todo. Viviam longe dos homens que os prendem dentro de si...
Um dia, decidiram brincar às “escondidas”. A preguiça escondeu-se logo ali atrás da primeira árvore, a vaidade escondeu-se na cauda de um pavão, a curiosidade aqui e acolá, sempre à espreita, a doçura nas patas das abelhas, a angústia numa toca escura, a alegria nas cores do arco-íris, a paixão nas chamas de uma fogueira, a inveja no fundo do lago dos sapos, a tristeza nas gotas da chuva, a liberdade no vento, o ciúme na barriga de um texugo, a coragem à entrada do jardim, a plenitude no horizonte, o amor numa roseira, e por aí fora...
Quando a loucura os foi procurar, olhou calmamente, mas logo a curiosidade que não se aguentou, louca, aos saltos, foi descobrindo um a um... Por fim, só faltava aquele que está sempre muito bem escondido: O AMOR.
A loucura corre frenética pelo jardim, até que vai à roseira onde se escondera o amor. Com a sua agitação, sacode a roseira e o amor fura os olhos nos espinhos.
Como castigo por tal desvario, a loucura ficou condenada a acompanhar sempre o Amor não o largando nunca mais.
Desde então, diz-se que O AMOR É LOUCO E CEGO...
AUTOR DESCONHECIDO
4 Comments:
At 7:18 da tarde, Nilson Barcelli said…
Já tinha lido, mas é um excelente texto.
Bfs, beijinhos.
At 10:06 da tarde, Manuel Veiga said…
um "grãozinho de loucura" no teu saboroso texto. prazer grande em saber-te...
Beijos saudosos.
At 8:01 da tarde, Manel do Montado said…
O amor dói mais do que apazigua.
Bjinho
At 4:40 da tarde, Anónimo said…
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Enviar um comentário
<< Home