O NAVEGANTE
Quero um montão de tábuas e um motor de pano
Pra passear meu corpo e adormecer meu sono
Na esburacada estrada do oceano
Aportarei meu barco apenas de ano em ano
E onde houver silêncio eu ficarei cantando
Pra não deixar morrer o gesto humano
Entenderei as águas e os peixes passando
E se me perguntarem pra onde vou e quando
Responderei, apenas navegando, apenas navegando
Embarcarei comigo feminino encanto
Pra que não falte a vida quando for preciso
Uma razão mais forte que o espanto, mais forte que o espanto
Semearei meu sangue, meu amor, meu rosto
Pra que depois de mim eu possa estar presente
Entre as canções que eu não houver composto
Naufragarei um dia em pleno mar sem dono
E submerso em lendas como como um visitante
Entre os recifes dormirei meu sono
Sidney Miller
6 Comments:
At 11:50 da manhã, A.S. said…
Olá! Belíssimo poema!...
...
" Céu alto, além, eternidade//Céu largo, de infinita leberdade//Céu azul, sem sinal se amarguras//Céu onde pairam seguras//Bem longe da tempestade//Os sonhos e as loucuras//Que vencem as leis da gravidade"...
Um beijo e bom fim de semana
At 5:38 da tarde, M.P. said…
LINDO para um fim de tarde melancólico como o de hoje... A ideia de continuidade de pois do fim noutras paragens em procura de norte é a máxima porque nos devíamos reger nestas vagas altas da vida onde as ondas altas nos fazem cair em profundezas escuras sem salvação aparente... Bom fim de semana!**
At 6:47 da tarde, lique said…
Que belo poema que nos faz ver o curso da vida de forma tão serena ... navegando. beijinhos.
At 11:06 da tarde, Anónimo said…
Maria um lindíssimo poema, que nos dá uma calma estranha e nos faz pensar na vida;) Beijos:)** wind
At 9:32 da tarde, JPD said…
Admirável navegação!
Bjs
At 11:34 da tarde, maria said…
A TODOS
Muito obrigada pela visita que gostosamente retribuirei.
A todos também uma óptima semana e a cada um, um grande beijinho...:))
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