Puxo sobre os teus ombros o lençol
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do Sol,
quando depois do Sol não vem mais nada...
Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio
como vultos perdidos na cidade
em que uma tempestade sobreveio...
Começas a vestir-te lentamente,
e é ternura também que vou vestindo
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
David Mourão-Ferreira
8 Comments:
At 6:01 da tarde, Anónimo said…
E eu gostaria de puxar de palavras divinas para te cumprimentar e ao David.
Beijinho Maria
At 12:29 da tarde, wind said…
Belo como sempre os poemas de DMF. beijos:))**
At 10:31 da tarde, M.P. said…
Olá, Maria! Linda escolha! Sou suspeita quando se trata de D. Mourão-Ferreira! Gosto muito da sua Poesia! :) Bom fim de semana! **
At 8:38 da tarde, Menina Marota said…
Uma boa escolha este Poema de David Mourão Ferreira...
E, a ternura é tão precisa...
Abraço e uma boa noite de domingo :-)
http://topocilgas.blogspot.com/
At 10:39 da tarde, lique said…
Belas, sempre, as palavras de David Mourão Ferreira. Tem uma boa semana, Maria. Beijinhos
At 11:43 da tarde, JPD said…
Olá maria!
Pois não,maria.
Sonhar assim, com tanta volúpia, só o DMF.
Que sorte a nossa ter sido nosso contemporâneo.
Bjs
At 9:58 da tarde, Anónimo said…
Só ele, DMF, pra dizer tão belo assim.
Beijo daqui, onde é outono e chove.
At 2:59 da tarde, Andreia said…
Alguem me pode fazer uma análise deste poema? é urgente :S obrigado e beijinhos a todos
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