Se for preciso, irei buscar um sol
para falar de nós:
ao ponto mais longínquo
do verso mais remoto que te fiz
Devagar, meu amor, se for preciso,
cobrirei este chão
de estrelas mais brilhantes
que a mais constelação,
para que as mãos depois sejam tão
brandas
como as desta tarde
Na memória mais funda guardarei
em pequenas gavetas
palavras e olhares, se for preciso:
tão minúsculos centros
de cheiros e sabores
Só não trarei o resto
da ternura em resto esta tarde,
que nem nos foi preciso:
no fundo do amor, tenho-a comigo.
quando a quiseres-
de: Imagias (2000)
Ana Luísa Amaral
9 Comments:
At 6:58 da tarde, JPD said…
Muito bonito.
Bjs
At 10:09 da tarde, wind said…
Belíssímo:)
beijos:)**
At 10:51 da tarde, Nilson Barcelli said…
Muito bom o poema que escolheste.
Parabéns.
Um beijo.
At 10:31 da manhã, A. Pinto Correia said…
Tens um dom inato para as excelentes escolhas Maria.
Por onde andas?
Pq não dás notícias? - Pois se te sinto a falta...
Beijinhos
At 1:40 da tarde, Anónimo said…
Li este poema ontem, Maria. Adoro Ana Luísa. Mas isso vc já sabe, não é? ;)
Um beijazul daqui.
At 6:20 da tarde, vida de vidro said…
Os tesouros que guardamos nessas pequenas gavetas... :) É tão bela a poesia de Ana Luísa Amaral! **
At 8:25 da tarde, Manuel Veiga said…
vibrante poema. terno e doce. enfeitado de "quase nada", como ir buscar o sol...
At 11:50 da manhã, Anónimo said…
Gostava de saber como podemos interpretar este poema...
At 7:08 da tarde, Cátia said…
Olá, conseguiste interpretar? Também preciso.
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