comorosasdeareia

palavras...como "rosas de areia" ou "flores do deserto"...

domingo, outubro 15, 2006


AS PEQUENAS GAVETAS DO AMOR

Se for preciso, irei buscar um sol
para falar de nós:
ao ponto mais longínquo
do verso mais remoto que te fiz

Devagar, meu amor, se for preciso,
cobrirei este chão
de estrelas mais brilhantes
que a mais constelação,
para que as mãos depois sejam tão
brandas
como as desta tarde

Na memória mais funda guardarei
em pequenas gavetas
palavras e olhares, se for preciso:
tão minúsculos centros
de cheiros e sabores

Só não trarei o resto
da ternura em resto esta tarde,
que nem nos foi preciso:
no fundo do amor, tenho-a comigo.
quando a quiseres-

de: Imagias (2000)
Ana Luísa Amaral

9 Comments:

  • At 6:58 p.m., Blogger JPD said…

    Muito bonito.
    Bjs

     
  • At 10:09 p.m., Blogger wind said…

    Belíssímo:)
    beijos:)**

     
  • At 10:51 p.m., Blogger Nilson Barcelli said…

    Muito bom o poema que escolheste.
    Parabéns.
    Um beijo.

     
  • At 10:31 a.m., Blogger A. Pinto Correia said…

    Tens um dom inato para as excelentes escolhas Maria.
    Por onde andas?
    Pq não dás notícias? - Pois se te sinto a falta...
    Beijinhos

     
  • At 1:40 p.m., Anonymous Anónimo said…

    Li este poema ontem, Maria. Adoro Ana Luísa. Mas isso vc já sabe, não é? ;)

    Um beijazul daqui.

     
  • At 6:20 p.m., Blogger vida de vidro said…

    Os tesouros que guardamos nessas pequenas gavetas... :) É tão bela a poesia de Ana Luísa Amaral! **

     
  • At 8:25 p.m., Blogger Manuel Veiga said…

    vibrante poema. terno e doce. enfeitado de "quase nada", como ir buscar o sol...

     
  • At 11:50 a.m., Anonymous Anónimo said…

    Gostava de saber como podemos interpretar este poema...

     
  • At 7:08 p.m., Blogger Cátia said…

    Olá, conseguiste interpretar? Também preciso.

     

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